quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Rodoviários de Campos cruzam os braços e cidade amanhece sem ônibus


Paralisação foi encerrada por volta das 10h após uma reunião com o comando da PM
 Ururau

Paralisação foi encerrada por volta das 10h após uma reunião com o comando da PM

Motoristas e cobradores de todas as empresas de ônibus de Campos paralisaram totalmente suas atividades na manhã desta quarta-feira (05/11) em repúdio a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que fixou em 7% o reajuste salarial da categoria no Note Fluminense.
Os profissionais se concentraram no terminal rodoviário no centro da cidade. Eles não se contentaram com a decisão, pois o reajuste é 10% menor aos 17% que reivindicam. De acordo com os rodoviários, eles acatariam a decisão caso o reajuste fosse fixado em 13%.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas disseram que o sindicato é contra a paralisação. A instituição ainda não recebeu nenhuma notificação oficial do TRT, a respeito do acordo dos 7%, que já está disponibilizado no site do Tribunal.
Segundo a Polícia Militar cerca de 70 profissionais se concentraram no cais da Lapa. O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar de Campos (8º BPM), Ramiro Campos esteve no local com o intuito de obter informações dos lugares em que os ônibus sofrem mais assaltos, já que essa era uma das reivindicações dos profissionais, devido ao expressivo número de assaltos a coletivos. De acordo com os funcionários, quando um ônibus é assaltado são eles que têm que arcar com o prejuízo.
O comandante disse que a PM fará operações nos locais citados pelos trabalhadores como áreas de grande incidência de roubos e furtos.
"Realizaremos operações onde estarei a frente dos outros policiais com o compromisso de colocar esses criminosos atrás das grades", disse Ramiro Campos.
O presidente do Sindicado dos Rodoviários, Roberto Virgílio, informou que a paralisação foi encerrada após uma reunião por volta das 10h no 8º BPM. "Eles [rodoviários] ficaram sabendo do reajuste de 7% pela mídia e gerou revolta, mas depois da reunião eles entenderam a importância dos ônibus nas ruas e voltaram ao trabalho".
JULGAMENTOO dissídio foi julgado na noite de segunda-feira (03/11) pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Na ocasião o desembargador Celio Juaçaba Cavalcante, fixou em 7% o reajuste salarial, em consonância com parecer do Ministério Público do Trabalho. O aumento para os rodoviários do município é retroativo a 1º de março deste ano.
A greve da categoria teve início no dia 29 de setembro. Os profissionais reivindicam plano de saúde, cesta básica, uniforme gratuito, reajuste salarial, além de garantia de que os funcionários não deverão mais arcar com saldo de possíveis assaltos sofridos durante o turno.
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Fonte: URURAU

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