quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Polícia procura quadrilha que frauda boletos bancários no Rio


Golpe era aplicado com a ajuda de um carteiro, que foi preso.
Em seis meses, quadrilha faturou cerca de R$ 2,5 milhões.

Do G1 Rio
Agentes da Polícia Civil buscam quadrilha que frauda boletos bancários no Rio. As investigações mostram que funcionários dos Correios estão envolvidos. Como mostrou o RJTV desta quarta-feira (5), um carteiro foi preso. A Delegacia de Defraudações entrou no caso depois de receber queixas de bancos que tiveram dezenas de clientes lesados.
Segundo a polícia, o golpe funciona da seguinte maneira: um colaborador da quadrilha empresta um boleto para servir de modelo. Os golpistas informam ao colaborador apenas que estão participando de um negócio lucrativo e oferecem vantagens econômicas.
Em seguida, os criminosos aliciam funcionários dos Correios para interceptar correspondências referentes a faturas de cartões de crédito. O valor prometido para cada carta varia de R$ 100 a R$ 150. Os criminosos digitalizam com um scanner o modelo e a fatura interceptada.
Eles criam uma terceira fatura inserindo o código de barras do boleto "emprestado" na conta desviada, que apresenta a discrição correta de todos os gastos da vítima. Após a nova impressão, a falsa fatura é novamente envelopada e expedida ao real destinatário.
De acordo com as investigações, os criminosos desviaram cerca de R$ 2,5 milhões em seis meses, principalmente de moradores da Zona Sul do Rio com maior poder aquisitivo.   
O chefe da quadrilha, identificado como André Rodrigues de Oliveira, está foragido. Ele foi denunciado por estelionato e formação de quadrilha, podendo ser condenado a até oito anos de prisão. O suspeito chegou a ser preso em 2007, por furto qualificado, mas foi solto após cumprir parte da pena.
O carteiro Joenir de Jesus Vieira Pereira está preso acusado de fazer parte do esquema. Segundo a polícia, outras sete pessoas foram denunciadas.
Uma das vítimas da quadrilha conta que no boleto do cartão de crédito em janeiro, referente a compras da família no valor de R$ 3 mil, chegou lacrado, entregue pelo carteiro. A conta foi paga em dia.
Tempos depois a vítima tentou fazer uma outra compra com o cartão de crédito e descobriu que ele estava bloqueado. O homem entrou em contato com o banco e descobriu que a conta de janeiro não tinha sido paga e que por conta dos juros já estava em mais de R$ 5 mil.
“Não tem como desconfiar, é idêntico. Comparei com outro original, é idêntico, é a mesma coisa. Eu fico mais atento, pago geralmente no caixa eletrônico para ter a leitura do código de barra. Ou quando vou pagar no banco, eu peço para o caixa: confere aí, vê se isso está certo. Aí eles conferem, dizem que sim, e eu efetuo o pagamento”, contou a vítima.
A delegada Carolina Salomão disse que, além do cartão de crédito, outras faturas estão sendo usadas pelos fraudadores.
“A gente pode alertar as pessoas para colocar as contas em débito automático e prestar atenção no código de barras e identificar se os três primeiros números da sequência numérica correspondem ao banco em que elas têm o cartão de crédito.
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