Ururau
No Brasil são diagnosticados cerca de 69 mil casos de câncer de próstata por ano
Neste mês de novembro comemoramos o Mês Mundial do Combate ao Câncer de Próstata, o Novembro Azul, e como o assunto ainda gera muitos preconceitos e tabus, a equipe do Site Ururauconversou com o médico urologista Edson Horvat sobre a importância do exame de toque retal e as dúvidas referentes a ele.
Dr. Edson, que já trabalha na área há mais de 40 anos, acompanhou durante sua carreira a diminuição do preconceito com o exame de toque. “A situação já foi bem pior, hoje existe muita informação na mídia sobre o exame, além da ajuda das esposas, que empurram os maridos para o exame”, disse o médico.
Segundo o urologista, por mais que existam outros exames como o ultrasom e o de sangue (PSA), o toque ainda é de grande importância, pois ele localiza o câncer ainda em seus estágios iniciais.
“O câncer de próstata em estágio inicial não possui sintomas e em 90% dos casos é curável, logo, quem deixa de fazer o exame perde a chance de cura dessa fase inicial”, contou o urologista.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) dão conta de que no Brasil são diagnosticados aproximadamente 69 mil casos de câncer de próstata por ano, um número alarmante e que segundo Edson seria bem reduzido se a doença fosse descoberta em seus primeiros estágios, antes do homem sentir algo e resolver ir ao médico.
O médico salienta que os homens devem fazer o exame aos 45 anos, mas os que têm histórico familiar de câncer, são obesos ou levam uma vida sedentária devem procurar um urologista aos 40.
“O câncer de próstata é o segundo com maior incidência entre os homens, só perdendo para o de pele, e mesmo assim há poucas campanhas e políticas de saúde, principalmente se comparado ao câncer de mama nas mulheres”, disse Edson, que ainda acrescentou: “Curiosamente o número de homens com câncer de próstata é maior do que o número de mulheres com câncer de mama, e mesmo assim o de próstata é bem menos comentado, justamente pelo tabu do exame”.
Segundo o médico muitos homens não têm a informação correta sobre o exame, principalmente os pacientes mais idosos, já os mais jovens, que tem entre 40 e 50 anos, são mais bem informados e tem mais noção da importância do exame.
“É comum que meus pacientes se surpreendam pela facilidade e rapidez com que o exame é feito, por isso a informação é importante. Tabus só são vencidos com informação”, relatou Horvat.
O urologista finalizou ressaltando que piadas entre amigos e em programas de televisão sobre o exame não são educativas e servem pra aumentar o preconceito e o medo dos homens.
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