terça-feira, 18 de novembro de 2014

MPRJ denuncia dez pessoas por morte de Jandira após aborto


Se condenados, eles poderão pegar até 48 anos de prisão.
Na segunda-feira (17), polícia indiciou outras quatro pessoas.

Do G1 Rio
Jandira Magdalena dos Santos Cruz teria pago R$ 4,5 mil por aborto (Foto: Reprodução/TV Globo)Jandira Magdalena dos Santos Cruz teria pago R$ 4,5 mil por aborto (Foto: Reprodução/TV Globo)
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que denunciou, nesta terça-feira (18), dez pessoas por envolvimento na morte de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, após a prática de um aborto, no dia 26 de agosto. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado, sem os dentes e com os membros inferiores e superiores mutilados, para que não fosse identificado.
No documento, encaminhado pela 27ª Promotoria de Investigação Penal à 4ª Vara Criminal da Comarca da Capital, o promotor de Justiça Bruno de Lima Stibich requer a condenação dos denunciados, pelo Tribunal do Júri, em virtude da realização dos crimes de homicídio duplamente qualificado, fraude processual, destruição e ocultação de cadáver, formação de quadrilha e provocar aborto com o consentimento da gestante — outros 2 abortos foram realizados na clínica clandestina no dia 26 de agosto.
Os denunciados são: Carlos Augusto Graça de Oliveira, Rosemere Aparecida Ferreira, Keilla Leal da Silva, Vanuza Vais Baldacine, Carlos Antônio de Oliveira Júnior, Mônica Gomes Teixeira, Marcelo Eduardo de Medeiros, Agda Pereira Iório, Jorge dos Santos Pires e Luciano Luís Gouvêa Pacheco. Caso condenados, ainda segundo o MP, eles poderão pegar pena de reclusão de até 48 anos.
Outras duas pessoas foram denunciadas por terem realizado aborto com suas respectivas autorizações, no mesmo dia 26 de agosto de 2014: Andréa Cordeiro da Costa e Ranieri Martins Medeiros.
Mais indiciados
A Polícia do Rio informou nesta segunda-feira (17) que vai indiciar o ex-marido de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, de 27 anos, morta em agosto após se internar numa clínica clandestina na Zona Oeste do Rio para realizar um aborto. Além de Leandro Britto, uma amiga de Jandira, Keyllene Fernandes, também será indiciada. De acordo com o delegado da 35ª DP (Campo Grande), Hilton Alonso "ambos deram apoio moral" à cirurgia que resultou na morte da jovem. Estão incluídas também no inquérito Natacha Roberta Costa e Andrea Cordeiro Costa, que passaram por abortos na mão da quadrilha.
Agora, são 14 indiciados no caso. Dos outros dez incluídos na investigação, todos participavam diretamente dos abortos. Dentre eles, Luciano Luís Gouvêa Pacheco, o Shrek, que seria miliciano e é suspeito de fazer a segurança dos criminosos, além de ter cedido sua própria casa para cirurgias clandestinas. Ele foi preso na terça-feira (11).

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