sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MP rebate declarações de Nelson Nahim sobre o caso ‘Meninas de Guarus’


Ex-vereador apontou ligação de membros da justiça com o Poder Público Municipal
 Leandro Nunes

Ex-vereador apontou ligação de membros da justiça com o Poder Público Municipal

Um dia após o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Campos, Nelson Nahim declarar em entrevista coletiva de que sua prisão, no último dia 17 de outubro, estaria diretamente ligada à questões políticas, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) enviou nota à imprensa em que reafirma que a ação foi deflagrada no rigoroso exercício de suas atribuições legais e constitucionais, além de repudiar insinuações contra seus membros que atuaram no caso conhecido nacionalmente como “Meninas de Guarus”.
Em nota enviada nesta sexta-feira (07/11), às 14h45, afirma que: “O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro vem a público reafirmar que a atuação de seus membros na deflagração da ação penal pública referente ao caso conhecido como Meninas de Guarus se deu no rigoroso exercício de suas atribuições legais e constitucionais. Todas as acusações foram fundamentadas nos seguros elementos de prova colhidos durante as investigações. O Ministério Público repudia de modo veemente toda e qualquer insinuação irresponsável a respeito da atuação dos promotores de Justiça no caso referido, que se pautou exclusivamente na obrigação do cumprimento da lei, sem qualquer conotação política”.
Ela faz menção à afirmação de Nelson Nahim de que “pessoas que ocupam cargos no Ministério Público, que ofereceu a denúncia, têm relação muito íntima com o Poder Público Municipal”, o que para o ex-vereador indica que sua prisão tenha sofrido interferência política.
“Não deveria nem ter sido preso como disse a desembargadora. A coisa é tão inconsistente que não tem vítima. Não se encontra uma linha de citação em meu nome. Quando perguntada disse conhecer de fotografia. Os advogados vão tomar todas as medidas e se ficar comprovado qualquer tipo de interesse serão tomadas as providências", disse Nahim.
Nahim, que foi preso juntamente com outros quatro indiciados por exploração sexual, mas foi posto em liberdade na última segunda-feira (04/11) por força de um habeas corpus deferido pela desembargadora Rosa Helena Penna Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ). O ex-vereador ficou encarcerado por 17 dias tendo iniciado a reclusão na Cadeia Pública de Campos e, posteriormente, transferido para a Penitenciária Joaquim Ferreira de Souza (Bangu 8), dentro do Complexo Penitenciário Gericinó.
OUTROS INDICIADOS TAMBÉM SERÃO LIBERTADOSOutros quatros indiciados no “Meninas de Guarus” tiveram as suas prisões preventivas revogadas na noite de quinta-feira (06/11) pelo juiz Rodrigo Rocha de Jesus, em exercício na 1ª Vara Cível da Comarca de Campos.
“Meninas de Guarus” ficou conhecido em 2010 quando um suspeito foi preso e desde então o caso estava parado na Justiça até que em 17 de outubro deste ano, seis envolvidos tiveram os mandados de prisão expedidos e cinco foram cumpridos, já que um até o presente dia não foi localizado.
Além das prisões, seis motéis foram interditados por medida cautelar, dentro da operação, proveniente de um inquérito policial de 2010, que investiga a existência de uma rede de exploração sexual infantil que promovia encontros sexuais com menores, dentro do caso Meninas de Guarus. O caso tramitar em segredo de justiça.
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Fonte: URURAU / ASCOM

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