segunda-feira, 10 de novembro de 2014

MP denuncia professor por promover aula extra com sexo e drogas no Rio


Gustavo Freixo é acusado de tráfico de drogas e estupro de vulnerável.
Ele teria oferecido LSD a alunos e tido relações sexuais com adolescente.

Do G1 Rio
Um professor de história de uma escola particular da Zona Norte do Rio foi denunciado pelo Ministério Público (MP-RJ) tráfico de drogas e estupro de vulnerável. O professor Gustavo Montalvão Freixo, de 31 anos, é acusado oferecer drogas e ter relações sexuais com alunos em uma "aula extra" para sete alunos – todos menores de idade. De acordo com denúncia do órgão, o professor deu LSD aos adolescentes, que teriam consumido a droga. Ele também teria beijado duas adolescentes e tido relações sexuais com uma delas. O caso aconteceu no dia 9 de outubro deste ano, na casa de um dos estudantes.
G1 entrou em contato com o escritório de advocacia onde trabalha o defensor do professor Gustavo, mas o advogado Fernando Maximo Pizarro Drummond não pôde falar. O caso foi revelado, nesta segunda-feira (10), pelo jornal O Dia.
Foi feito um registro de ocorrência na 38ª DP (Brás de Pina). De acordo com a Polícia Civil, os jovens e funcionários do colégio foram ouvidos e os laudos analisados. O professor compareceu à unidade mas se reservou o direito de só falar em juízo. O inquérito foi relatado à Justiça do Rio.
A denúncia, assinada pelo promotor Alexandre Themístocles de Vasconcelos, diz que "o professor, no ambiente escolar, difundia entre os alunos do ensino fundamental a ideia do consumo de drogas". Ainda de acordo com a denúncia, sob pretexto de dar aulas particulares de reforço, Gustavo "induziu os adolescentes a combinarem um encontro fora do horário escolar e longe da vista dos responsáveis".
Segundo o MP, no local, o professor preparou uma macarronada e, logo após o almoço, dividiu a droga entre os alunos, recebendo a quantia de R$ 25 de cada um. Apenas uma delas recusou LSD. De acordo com a denúncia, os outros alunos usaram a droga. "Os demais alunos tomaram a droga, sentindo alucinações, paranoia, confusão e perda do controle emocional", diz o texto.
Os abusos contra duas adolescentes aconteceram em seguida, segundo o Ministério Público, que destaca que o professor se aproveitou da falta de discernimento das vítimas, em razão do uso da droga.
"Logo depois de intoxicar dolosamente seus alunos, na sala daquela residência, na presença de todos, o denunciado, com vontade livre e consciente e intuito de satisfação da própria lascívia, praticou atos libidinosos com as adolescentes que não podiam oferecer resistência em razão dos efeitos decorrentes da droga. Com ambas (..),  o denunciado trocou beijos lascivos e manteve contatos voluptuosos. (...) Prevalecendo-se da completa falta de discernimento da vítima, levou a adolescente para o quarto, constrangendo-a à conjunção carnal [relações sexuais]".
De acordo com o MP-RJ, Gustavo teria confirmado à direção da escola que participou da reunião e do consumo de drogas.

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