segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mais de 4 mil alunos ficam sem aulas na Maré, Zona Norte do Rio


Alunos de projeto social se jogaram no chão para se proteger de tiroteio.
Dois tiroteios na comunidade deixaram dois menores mortos.

Do G1 Rio
A Secretaria Municipal de Educação informou que 4.010 alunos da rede ficaram sem aulas na parte da tarde desta segunda-feira (3) no Conjutno de Favelas da Maré, Zona Norte, por causa de dois tiroteios na região. No total, nove escolas, um Espaço de Desenvolvimento Infantil e três creches ficaram sem atendimento. Dois menores morreram.
Crianças deitaram no chão de uma escola no interior da Maré durante tiroteio (Foto: Reprodução / TV Globo)Crianças deitaram no chão de uma escola no interior
da Maré durante tiroteio (Foto: Reprodução / TV Globo)
Durante um dos tiroteios na Maré, alunos de um projeto social da comunidade precisaram se jogar no chão para se proteger dos tiros. Segundo a artista plástico Yvonne Bezerra de Mello, as crianças ficaram apavoradas, como mostrou o RJTV 1ª edição.
O primeiro caso aconteceu em um confronto entre supostos traficantes e militares do Exército na Vila do João. De acordo com a Força de Pacificação, dois suspeitos atiraram contra a tropa. Um deles, de 17 anos, foi atingido e morreu, enquanto o outro conseguiu fugir com as armas. Segundo agentes da 21ª DP (Bonsucesso), o adolescente possuia passagem pela polícia por associação ao tráfico.

O confronto aconteceu por volta de 9h30, ao mesmo tempo em que, em outra localidade, outro tiroteio entre facções rivais assustou moradores. Na Nova Maré, criminosos trocaram tiros e outro menor, também de 17 anos, foi atingido e morreu.
Comércio funciona normalmente após tiros na Maré (Foto: Gabriel Barreira/G1)Comércio funciona normalmente após tiros na
Maré (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Moradores do Conjunto de favelas da Maré – ocupado desde abril deste ano por militares do Exército que compõem a Força de Pacificação – têm sofrido com constantes invasões de criminosos de facções rivais que tentam controlar o tráfico de drogas na região.
Em função dos tiroteios frequentes, os policiais já precisaram, inclusive, interromper o trânsito em uma das pistas da Avenida Brasil, no sentido Zona Oeste, e a Linha Vermelha durante confronto.
No dia 23 de outubro, uma pessoa foi baleada no interior da comunidade e moradores fizeram protesto. De acordo com o Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE), o tiroteio causou pânico entre motoristas, que chegaram a dar a meia-volta com os carros. Um ônibus ficou atravessado na pista, no sentido Centro.
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