terça-feira, 25 de novembro de 2014

Mãe tenta entregar filha ao Conselho Tutelar e é presa por tortura

Mulher teria ameaçado a menina de morte caso tivesse que voltar para casa com ela
 Carlos Grevi

Mulher teria ameaçado a menina de morte caso tivesse que voltar para casa com ela

Uma mulher foi detida por crime de tortura física e psicológica contra sua própria filha, de 11 anos, no final da manhã desta terça-feira (25/11), em Campos. Ela teria ido ao Conselho Tutelar do Jardim Carioca, em Guarus, para entregar a guarda da menina, alegando que a mesma estaria envolvida com o tráfico de drogas, mas diante da negativa dos conselheiros a mãe teria ameaçado a adolescente de morte.
Segundo o delegado adjunto da 146ª Delegacia Legal (Guarus), Pedro Emílio Braga, a adolescente mora com a mãe, o padrasto e mais dois irmãos, de oito e dois anos, na Rua V do conjunto habitacional popular do Parque Prazeres e já teria outras passagens pelo Conselho Tutelar por agressões contra a menina, incluindo queimaduras e ‘surras’ com pedaço de fio.
Pedro Emílio ainda contou que a mulher já teria até cortado os cabelos da adolescente, identificada pelas iniciais K.O.M., como forma de castigo. “Ela foi ao Conselho Tutelar alegando não aguentar mais a filha e que a menina estaria dando muito trabalho, por isso queria abandoná-la. Mas, essa mãe tem um histórico de agressões contra a filha e diante da recusa dos conselheiros em não querer ficar com a criança, a mulher disse que mataria a menina caso tivesse que voltar para casa com ela. A mãe inclusive chegou a discutir e ofender alguns conselheiros por conta disso”, relatou o delegado.
Após a confusão, a Polícia Militar foi acionada e a mulher, de iniciais R.T.O, 32 anos, acabou sendo detida. Na delegacia, foi lavrado o auto de prisão em flagrante e ela poderá responder por crime de tortura psicológica, já que a menina teria sido ameaçada de morte, aliada a tortura física, podendo chegar até oito anos de prisão. Segundo o delegado, a mãe será encaminhada ainda nesta terça para o Presídio Feminino.
A menina está abrigada, já que se encontra em quadro de risco por não possuir avós maternos e paternos. “O pai tem uma postura muito displicente e também será investigado nesse caso”, complementou o delegado.
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Fonte: URURAU

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