quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Imagem mostra vítima de arrastão sendo atacada com faca no Rio



Grupos de adolescentes atacam vítimas no Centro da cidade.
Com medo de arrastões, é comum ver pessoas correndo pelas ruas.

Do G1 Rio
Imagens chocantes mostram que arrastões, muitas vezes praticados por menores, têm levado pânico a pedestres no Centro do Rio. Em uma das cenas um grupo de nove adolescentes cerca uma mulher que chega a um ponto de ônibus na Avenida Rio Branco e um deles resolve atacá-la com uma faca. A imagem é assustadora, como mostrou com exclusividade o RJTV 1ª edição.
A vítima tenta se defender, luta com o criminoso e consegue escapar. O rapaz sai e esconde a arma embaixo da blusa.
O mesmo grupo sai correndo pela avenida, e não se importa com o trânsito. Minutos depois, os jovens tentam fazer uma nova vítima. O rapaz percebe a ação e, para fugir, se arrisca correndo para o meio da rua.
Quando começa a anoitecer, outro grupo começa a agir e, entre eles, uma criança que aparenta ter pouco mais de 5 anos de idade. Eles são rápidos e, em um segundo, um dos menores arranca o cordão de uma mulher.
A equipe de reportagem acompanhou a ação dos criminosos da região durante três dias seguidos e percebeu a estratégia usada pelos criminosos. Em outra ação, um homem que está falando ao celular começa a ser seguido e, no momento que termina a ligação, tem o cordão roubado. As imagens mostram, inclusive, mulheres entre os criminosos.
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Vídeo mostra vítima de arrastão sendo atacada com faca no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)Vídeo mostra vítima de arrastão sendo atacada com faca no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)
O desespero nas ruas do Centro é geral e em vários momentos as imagens mostram pessoas correndo, no meio da rua, com medo dos arrastões. Após assistir a dezenas de assaltos, Patrícia desenvolveu técnicas para evitar se tornar mais uma vítima e deu até um nome: "kit-arrastão". Ela coloca os documentos e dinheiro em uma doleira, que fica escondida no corpo, e coloca alguns documentos em um fundo falso da bolsa.
A jornalista também precisou abrir mão de alguns luxos e vaidades em nome da segurança. Além de não usar mais cordões e pulseiras, a jovem não tem mais smartphone. Segundo testemunhas, os menores se reúnem na Praça Deodoro antes de iniciar os arrastões e voltam para o mesmo local após os roubos.
Pedestres afirmam que a presença da Polícia Militar na região é rara. As cenas mostram que o tamanho do desafio da segurança na região é grande. A PM informou que, a partir desta quarta, será feito reforço da segurança da região com quatro motocicletas, com dois policiais em cada uma delas, circulando pela região para tentar evitar esses roubos.
De janeiro a outubro deste ano, foram mais de 1.200 pessoas detidas no local por roubo, sendo que 400 delas eram menores de idade. De acordo com a Polícia Civil, há inquérito em andamento para investigar quem são os responsáveis pela receptação dos objetos roubados.

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