Carlos Grevi
Clientes devem procurar credores e negociar a dívida para limpar o nome
As festas de fim de ano estão chegando, as férias começam a ser planejadas, matrículas de escolas são renovadas. Mas, e os inadimplentes como ficam em uma época em que os gastos econômicos são maiores, ainda dá tempo de ter o nome limpo na praça? Para a maioria, o mês de novembro é um alívio para os trabalhadores que recebem a primeira parcela do 13º salário até o dia 20, já que podem quitar parte de suas dívidas e ainda planejarem como usar o dinheiro no fim de ano.
“Quando a pessoa recebe o 13º salário, ela deve reservar pelo menos 30% deste dinheiro, para que possa arcar com as despesas que aparecem. O consumidor deve aproveitar este momento para ir até o local onde deve e tentar negociar a dívida. Quando se paga a primeira parcela da negociação, o nome leva aproximadamente cinco dias para sair do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC), ou seja, o consumidor fica novamente com a liberdade de realizar a compra onde quiser”, disse a diretora do Procon/Campos, Rosângela Tavares.
Em Campos o ano de 2014 não foi bom para o comércio, devido ao cenário político e econômico. A expectativa para o próximo ano é que esta situação melhore. Enquanto 2015 não chega, o Natal gera uma boa expectativa de vendas, já que o aumento esperado é de cerca de 10% no comércios.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Norival Lima, o consumidor que estiver com débitos no comércio deve primeiramente procurar seu credor.
“Os comerciantes estão bem flexíveis e empenhados em negociar as dívidas dos consumidores. O uso do cartão de crédito aumentou consideravelmente, mas ainda existem lojas que aceitam crediário, então esta escolha vai de cada consumidor”, explicou o presidente.
O total de endividados no país no mês de outubro cresceu 3,95%, comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados do SPC. Essa é a segunda menor variação apurada desde o início do ano, atrás apenas da registrada em setembro, quando o percentual de pessoas com parcelamentos atrasados registrou alta 3,84%.
De acordo com SPC Brasil, aproximadamente 55 milhões de pessoas estavam com o CPF negativado no país, número superior ao registrado em setembro, quando havia 54 milhões de documentos negativados nos órgãos de proteção ao crédito. De outubro para setembro de 2014, a alta foi 1,26%.
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