sábado, 22 de novembro de 2014

Bope é chamado na Rocinha um dia após ataque a equipe de reportagem


Policiais da UPP trocaram tiros com criminosos na comunidade.
Tropa de elite foi acionada para auxiliar na busca por suspeitos.

Do G1 Rio
Um dia depois de uma equipe de reportagem do Jornal 'O Globo' ser recebida a tiros quando chegava na Rocinha, na Zona Sul do Rio, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar foi chamado para reforçar o policiamento no morro. Na tarde deste sábado (22), equipes da tropa de elite foram enviadas ao local depois que criminosos trocaram tiros com policiais da UPP local.

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o confronto ocorreu durante patrulhamento de rotina. O PMs da UPP se depararam com criminosos armados na localidade conhecida como Terreirão. Houve troca de tiros e os suspeitos fugiram. Em seguida, o Bope foi acionado.
Até o começo da noite não havia informações sobre feridos ou detidos. Os homens da tropa de elite permaneciam na comunidade em busca de suspeitos. O caso foi registrado na 11ª DP (Rocinha).

O ataque à equipe de "O Globo" ocorreu por volta das 9h desta sexta (21). Os jornalistas iriam fazer uma reportagem sobre o alargamento de uma rua e as consequentes desapropriações previstas nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
Durante os disparos, a associação de moradores da Rocinha fechou as portas e a equipe buscou abrigo em uma loja. Depois de cinco minutos de tiros, um homem bateu na porta do estabelecimento ordenando a saída dos repórteres da comunidade. Segundo o jornal "O Globo", a associação de moradores da Rocinha informou que fechou por questões de segurança e porque o clima está tenso na comunidade, onde acontecem tiroteios regularmente.
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que, depois da saída dos jornalistas, houve um confronto entre policiais e criminosos. Uma granada foi apreendida.
O editor-executivo do jornal, Pedro Dória, disse por telefone à Globonews que os repórteres são orientados a procurar a própria segurança, mas ressaltou que as ameaças jamais vão afastar o jornal da busca pela notícia.
Em nota, o diretor executivo da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, lamentou o ataque e cobrou que os autores dos disparos sejam identificados. "O episódio mostra violência, falta de a segurança e o desrespeito à atividade jornalística. É preocupante que isto aconteça com tanta frequência no nosso país", reclamou.

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