“Esse ato é uma maneira de mobilizar a sociedade. Não temos condições de viver numa cidade, num estado, onde não se tem o mínimo de segurança. Temos que ter a segurança de ir e vir. Cada vez que acontece um crime, quem pratica o ato não imagina que está destruindo uma família inteira”. Foi o que disse em um ato, no final da tarde desta segunda-feira(17), Salvania Peres Ribeiro, mãe do estudante Daison, assassinado em frente ao IFF-Centro. O movimento intitulado “Grito de paz – Movimento pela vida” protestou contra a violência que assola Campos. Os participantes distribuíram 150 cruzes na Praça do Santíssimo Salvador, simbolizando as vítimas de assassinato. De acordo com registros das delegacias 134ª e 146ª DPs, 176 pessoas foram assassinadas no município de janeiro até hoje.
A mãe do estudante também disse que o crime que teve como vítima a jovem Eliene, na última quinta-feira, em frente ao Boulevard Shopping, fez com que ela revivesse a morte do seu filho. “Foi como reviver tudo que aconteceu com o meu filho. A jovem assassinada estava indo trabalhar, e meu filho estava saindo do trabalho e estava indo para o retiro de uma igreja. Não há como a sociedade assistir a tudo isso sem protestar, sem manifestar, sem correr atrás”, declarou a mãe.
O organizador do ato, o supervisor de operações offshore Mario Márcio Alvarenga, destacou que o ato serviu para mostrar o medo que predomina em Campos. “Esse ato só tem um único significado: mostrar para as autoridades que não toleramos mais a impunidade e a insegurança. Precisamos ir para o trabalho, para a escola, e voltar para casa com segurança”, destacou Mário Márcio.
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