Marcelo Esqueff
Vítima levou uma coronhada na cabeça, mas se abrigou em sala de aula
Dois adolescentes, um deles armado, invadiram o Ciep Municipalizado Arnaldo Rosa Viana, no Parque Aurora, em Campos, nesta terça-feira (11/11) para tentar matar um aluno do 6º ano do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da instituição, de 16 anos. Este mesmo estudante foi apreendido, em outubro deste ano, no interior do Ciep portando uma pistola.
O crime desta terça aconteceu por volta das 19h e, segundo relatos do estudante à Polícia Militar, ele estaria no corredor conversando com outros colegas quando dois adolescentes, com idade entre 16 e 17 anos, chegaram e um deles, que portava um revólver, de calibre desconhecido, lhe teria perguntado se era ele que o teria ‘xingado’. O menor respondeu que não, mas mesmo assim o suspeito teria efetuado dois tiros em sua direção, porém as balas mascaram. Mediante isso, o suspeito o agrediu com várias coronhadas na cabeça, causando-lhe um corte profundo.
O rapaz conseguiu escapar dos agressores, se escondendo dentro da sala de aula com outro colega.
Duas docentes que estavam na sala dos professores, ouviram o barulho, mas num primeiro momento pensaram que fosse ‘bombinha’ — artefato caseiro que normalmente é usado pelas crianças —, mas ao olharem pela porta de vidro, observaram quando os dois homens tentavam arrombar a porta da sala onde o estudante havia se abrigado.
Segundo as professoras, os adolescentes teriam dado vários chutes na porta, mas não obtiveram êxito e deixaram o lugar andando, vindo a sair por um buraco na grade dos fundos da instituição que dá saída para a Rua José Nolasco de Sales.
As professoras informaram ainda que a Secretaria de Educação já foi comunicada sobre o buraco na grade, mas que nenhuma providência ainda foi tomada e com isso fica fácil o acesso de pessoas na parte interna do Ciep.
Inconformadas com a insegurança dentro e fora da unidade escolar, já que são registrados constantes assaltos em frente à instituição que também já foi alvo dearrombamento em setembro deste ano, as docentes ameaçam paralisar as aulas.
“Independente de o aluno voltar ou não, isso não pode ficar assim. Sempre tem assalto aqui na frente. A sorte é que não tinha quase ninguém no corredor, pois poderia ter terminado em uma tragédia”, disse uma das professoras.
O Site Ururau entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
A vítima foi encaminhada pela Polícia Militar ao Hospital Ferreira Machado (HFM), onde levou alguns pontos na cabeça e está em observação e o caso registrado na 134ª Delegacia Legal (Centro) para ser investigado.
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