terça-feira, 7 de outubro de 2014

PPS anuncia apoio formal a Aécio Neves no segundo turno


Partido compõe coligação derrotada que lançou Marina Silva à Presidência.
Presidente da sigla acredita que Marina vai ter a mesma posição.

Do G1, em Brasília
Roberto Freire (dir.) participa de reunião com a executiva nacional do PPS (Foto: Henrique Arcoverde / G1)Roberto Freire (dir.) participa de reunião com a executiva nacional do PPS (Foto: Henrique Arcoverde / G1)
PPS, partido da coligação Unidos Pelo Brasil, que lançou Marina Silva (PSB) como candidata à Presidência da República, anunciou oficialmente na tarde desta terça-feira (7) o apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno da eleição. De acordo com o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, a decisão foi unânime e não será alterada caso outros partidos da coligação tomem outro rumo, como uma possível neutralidade.
Nesta terça-feira (9), Marina Silva (PSB) se reúne com a Rede Sustentabilidade, grupo político ao qual ela pertence que se abrigou no PSB para poder concorrer às eleições, para começar a definir um posicionamento sobre o segundo turno. Na quarta-feira (8), a executiva do PSB se reúne para tratar do tema. Só na quinta-feira devera ser divulgado o posicionamento da coligação, que, além de PSB e PPS, inclui PHS, PPL, PRP e PSL.

Segundo Roberto Freire, o fato de o PPS ter anunciado o apoio a Aécio antes da coligação é normal e estava dento do planejado. “O PPS tem autonomia para decidir o que deve fazer da sua vida”, disse Freire.

“O que foi acertado quando discutimos esse encaminhamento é que os partidos tinham que se reunir para que tomassem posições internas. E nós estamos cumprindo com isso. Até porque nós dissemos: nós vamos ter um consenso, mas tem um pressuposto, nós temos que estar junto com a candidatura de Aécio, até porque o PPS não admite de forma alguma discutir nem neutralidade, muito menos apoio a Dilma", declarou.

Para o presidente da sigla, Marina Silva e os outros partidos da coligação devem seguir o mesmo caminho do PPS. “Eu tenho impressão que os partidos tão caminhando para isso. E ela [Marina], no seu discurso logo antes das eleições, ela deu a entender claramente que, dentro de um acordo programático, isso seria possível muito mais com Aécio do que com qualquer outra alternativa", informou Freire.

Em relação aos compromissos que Aécio teria que assumir para receber apoio da coligação, como apoio ao fim da reeleição e a promessa da escola em tempo integral, Freire afirmou que são compromissos facilmente concretizados.

“Defender fim da reeleição, tanto Marina quanto Aécio defendem. Isso está muito fácil. E provavelmente ele não vai ser contra escola em tempo integral. Do ponto de vista da economia, você tem uma identidade muito grande das duas equipes. Pode ter alguma divergência ou detalhe, que facilmente pode ser removido.”

Primeiro turno
Freire disse, ainda, que o PPS conseguiu atingir o objetivo no primeiro turno de apoiar uma candidatura que possibilitasse o segundo turno das eleições.

“É muito simples essa decisão, esse apoio a Aécio porque desde do começo quando o PPS decidiu apoiar Eduardo e Marina, tinha entre um dos objetivos a viabilização do segundo turno. Fomos vitoriosos nisso [...]. E a próxima vitória é no segundo [turno] com o Aécio derrotar Dilma”, declarou.

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