domingo, 19 de outubro de 2014

No RS, Aécio Neves diz que irá renegociar dívida dos estados


Candidato do PSDB à presidência cumpre agenda em Porto Alegre.
Após entrevista, ele visitou a quadra de uma escola de samba.

Paula MenezesDo G1 RS
Aécio Neves escola de samba Porto Alegre PSDB (Foto: Paula Menezes/G1)Aécio Neves visitou escola de samba em Porto Alegre (Foto: Paula Menezes/G1)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou em entrevista coletiva neste sábado (18), em Porto Alegre, que irá trabalhar pela renegociação da dívida dos estados caso eleito. A ideia, segundo o tucano, é que o dinheiro seja destinado a obras de infraestrutura e a melhorias nos serviços públicos.
Ele falou à imprensa em um hotel na Zona Norte da capital gaúcha. Marcado para iniciar às 8h, o pronunciamento começou com cerca de 1h30 de atraso. Aécio Neves estava ao lado do candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PMDB, José Ivo Sartori, e da ex-candidata pelo PP Ana Amélia Lemos.
“Existe uma questão que se impõe como uma necessidade urgente, e tenho uma tranquilidade em falar sobre ela porque é a qual tenho batido desde que era governador de estado. É a renegociação da dívida dos estados. Criação de um espaço mais adequado para que os estados voltem a fazer investimentos necessários, seja em infraestrutura, seja na melhoria da qualidade dos serviços públicos”, declarou.
Após a entrevista coletiva, Aécio Neves se dirigiu à quadra da Escola de Samba Império da Zona Norte, no bairro Navegantes. Ele encontrou militantes, lideranças dos partidos e aliados. Ele estava ao lado do candidato ao governo gaúcho pelo PMDB, José Ivo Sartori.
O candidato disse ainda que foi um dos políticos que mais lutou para estabelecer um novo indexador às dívidas. “Nós fizemos um grande no congresso nacional para darmos um primeiro passo, que seria a renegociação do indexador da dívida. Infelizmente, mesmo depois do acordo selado com atual governo, o ministro da Fazenda, não sei se chamo de ex-ministro, ele teve o constrangimento de ir ao senado dizer que o acordo que haviam selado conosco não seria mais cumprido, porque tinham perdido o controle da condução macroeconômica do país”, afirmou.
Aliados
Além do candidato Sartori, também estava ao lado de Aécio a senadora Ana Amélia (PP), que foi derrotada no primeiro turno para o governo do estado. Aécio aproveitou para dizer que pretende governar "com esse lado tão bom que o PMDB", numa referência ao fato de, no plano nacional, o partido apoiar Dilma Rousseff. O PP, de Ana Amélia, também apoia Dilma nacionalmente.
"No que depender de mim, a base, o núcleo de um futuro governo está aqui, representado nesta fotografia [referindo-se aos apoiadores presentes na entrevista]. PSDB, PSB, e esse lado tão bom que o PMDB tem, representado aqui no Rio Grande do Sul. Esse é o meu PDMB, essa é a base, também ao lado do PP no RS", disse.
Ipea
Aécio Neves citou a crise no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e classificou a atuação do atual governo como “perversa”. Nesta semana, o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Herton Ellery Araújo, pediu exoneração do cargo.
“O governo fracassou também na melhoria dos nossos indicadores sociais, o inimaginável aconteceu. O analfabetismo voltou a crescer. Indicadores sociais pararam de melhorar. Existe inclusive hoje uma crise no Ipea em relação aos dados que vem sendo divulgados, segundo algumas denúncias, eles não correspondem aos dados do próprio Ipea. Esse aparelhamento das nossas instituições, Ipea, IBGE, os Correios, é uma marca perversa desse governo”, concluiu.

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