sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Meninas de Guarus: Cinco presos e seis motéis interditados em Campos


Presos foram conduzidos a Cadeia Pública no final da tarde desta sexta
 Carlos Grevi

Presos foram conduzidos a Cadeia Pública no final da tarde desta sexta

O caso Meninas de Guarus ganhou novo desdobramento  na manhã desta sexta-feira (17/10), quando o Ministério Público, com apoio da Polícia Civil deflagrou uma operação visando o cumprimento de seis mandados de prisão para envolvidos no caso. Ao todo seriam 20 pessoas denunciadas no caso.
Cinco mandados foram cumpridos e um dos acusados ainda não foi localizado. Eles foram conduzidos à 134ª Delegacia Legal do Centro de Campos, onde se reuniram a delegada adjunta da unidade Natália Patrão, o delegado adjunto da 146ª Pedro Emílio, agentes do Ministério Público e do Serviço Reservado da Polícia Militar.
Além das prisões, seis motéis foram interditados por medida cautelar, dentro da operação, proveniente de um inquérito policial de 2010, que investiga a existência de uma rede de exploração sexual infantil que promovia encontros sexuais com menores, dentro do caso "Meninas de Guarus".
Durante a prisão de um dos acusados, os policiais encontraram um sacolé de cocaína dentro do bolso, durante revista.
Na 134ª DL, o delegado adjunto da 146ª DL Pedro Emílio disse que o caso corre em sigilo de justiça e que não irá se pronunciar.
Segundo a advogada de um dos detidos, Andrea Paes, todos os detidos estão cumprindo prisão temporária de 30 dias podendo ser prorrogada por mais 30 dias.
Todos os presos foram conduzidos no final da tarde desta sexta à Cadeia Pública, em Guarus.
RELEMBRE O CASOO Caso das Meninas de Guarus ganhou notoriedade em 2009, com a prisão de um dos envolvidos, durante uma investigação sobre uma rede de pedofilia e prostituição no bairro de Guarus que culminaram com a morte de duas meninas.
Durante cinco anos a população esperou por um desfecho do caso que já foi levado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, na Câmara dos Deputados em Brasília, e duas audiências na Câmara Municipal de Campos, presididas pelo o deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
“Em 2013, recebi uma denúncia gravíssima na Comissão de Direitos Humanos da Alerj do envolvimento de pessoas poderosas com uma rede de pedofilia que explorava meninas. O caso estava parado no MP. Por isso, pedi uma reunião com o (procurador-geral do Estado) Marfan Vieira, que deu reencaminhamento ao caso”, disse o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), em entrevista ao Jornal O Globo.
Recentemente, o Ministério Público ofereceu denúncia e encaminhou o caso para a Comarca de São João da Barra, sob a responsabilidade do juiz da 3ª Vara Criminal, Leonardo Cajueiro, depois que 17 juízes de Campos se darem por impedidos de atuar no mesmo.
Durante todo o dia, vários nomes de supostos presos foram divulgados em sites e redes sociais, mas como o caso corre em segredo de justiça, as autoridades não confirmaram a prisão de nenhuma dessas pessoas.
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Fonte: URURAU

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