terça-feira, 7 de outubro de 2014

Após denúncia do MP, Eike Batista será interrogado pela justiça


Empresário é suspeito de manipulação do mercado e uso indevido de informação privilegiada
 Arquivo Ururau

Empresário é suspeito de manipulação do mercado e uso indevido de informação privilegiada

O empresário Eike Batista terá que depor na Justiça no próximo dia 18 de novembro, após o Ministério Público Federal denunciá-lo no último sábado (04/10) por dois crimes contra o mercado de capitais que teriam causado prejuízos de R$ 1,5 bilhão.
Eike é suspeito de manipulação do mercado e de uso indevido de informação privilegiada. A pena por esses delitos, em caso de condenação, pode chegar a 13 anos de reclusão, segundo o MPF. O órgão federal pede ainda o bloqueio dos bens de Eike, juridicamente chamado de arresto, para futura indenização dos prejuízos provocados.
Na denúncia, o MPF requer, além do bloqueio de todos os ativos financeiros de Eike Batista no Brasil, o arresto de seus bens imóveis (casas, apartamentos) e móveis (carros, barcos, aeronaves) até o limite de R$ 1,5 bi. Os procuradores da República Rodrigo Ramos Poerson e Orlando Monteiro da Cunha, autores da denúncia, sustentam que a quantia equivale ao "prejuízo suportado pelo mercado de ações em consequência da conduta criminosa protagonizada pelo denunciado".
Além dos bens de Eike Batista, o MPF também pretende garantir o arresto dos imóveis doados pelo empresário ao filhos Thor e Olin e à mulher, Flávia Sampaio. As doações foram feitas após a data dos delitos cometidos pelo empresário. Conforme os procuradores, a "manobra fraudulenta" teve o "inequívoco propósito de afastar seus bens de futura medida constritiva".
A Justiça Federal do Rio rejeitou o pedido de absolvição sumária de Eike Batista e marcou audiência para interrogar o empresário como réu em 18 de novembro, às 14 horas. O fundador do grupo X foi denunciado em setembro pelos crimes de manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas.
Eike doou para o filho Thor a mansão onde moram, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, no valor declarado de R$ 10 milhões, além de uma propriedade em Angra dos Reis aos dois filhos mais velhos (Thor e Olin), também no valor de R$ 10 milhões. Para a mulher, o empresário doou um apartamento em Ipanema, Rio de Janeiro, no valor de R$ 5 milhões.
O empresário não havia se manifestado sobre o caso até a manhã de sábado. Seu advogado, Sérgio Bermudes, considerou "descabido" o pedido de arresto feito pelo MP. Conforme Bermudes, não há fundamento legal para o pedido porque não houve tentativa de escamotear os bens, mas apenas doações de bens feitas por meio de escritura pública.
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Fonte: REDAÇÃO/ ZERO HORA

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