segunda-feira, 8 de setembro de 2014

RJ vai pagar R$ 68 milhões de bônus por metas a servidores da educação


Prêmio vai beneficiar 20 mil servidores de 402 escolas, diz secretário.
Wilson Risolia quer todas as escolas do estado bilíngues em 10 anos.

Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio
Em festa por causa do bom resultado da rede estadual de ensino, que conquistou aterceira maior nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o secretário estadual de Educação Wilson Risolia anunciou nesta segunda-feira (8) que vai pagar até outubro a bonificação por metas a 402 escolas. Serão R$ 68 milhões a 20 mil servidores das escolas que conseguiram bater as metas.
Risolia também aproveitou para anunciar a inauguração no próximo dia 23 de uma escola trilingüe – português, inglês e mandarim – em Niterói, na Região Metropolitana.
"Ela faz parte do projeto Dupla Escola, que privilegia o ensino de ciências exatas, visando capacitar o jovem para o mercado. Essa unidade terá o apoio do Japão, por isso será trilingue. O Rio precisa de engenheiros e queremos investir e preparar os jovens do Rio", disse Risolia.
Rede bilíngue em 10 anos
No estado, já existem seis unidades da Dupla Escola e outras três devem ser inauguradas até o fim do ano nas comunidades da Maré, do Alemão e em Teresópolis. O secretário enfatizou ainda que outra sete unidades no estado já estão em obras para serem inauguradas em 2015.
"Em 10 anos esperamos que todas as escolas da rede façam parte deste projeto. Esse é um projeto muito maior que mostra o tipo de escola que queremos para nossos jovens. Temos Olimpíadas daqui a dois anos e uma escola bilingüe se faz necessária. Não dá para deixar essa geração perder essa janela de oportunidade", disse Risolia, que disse que investiu R$ 100 milhões na rede este ano e prevê investimentos de R$ 185 milhões no ano que vem.
O secretário também comemorou a maior redução do índice de evasão escolar, que ficou em 7,3%, e disse que a nota no Ideb só não foi maior porque muitos servidores ainda boicotam as provas e os sistemas de avaliação de desempenho.
"É triste deixar de premiar cerca de duas mil pessoas porque elas boicotaram as provas. Os exames são importantes para que possamos fazer as modificações necessárias na rede. Mas aos poucos estamos mostrando o que podemos fazer na educação pública quando temos foco e obstinação e não vamos recuar", enfatizou o secretário.
RJ tem 3ª melhor nota
A rede estadual de ensino obteve nota 3,66, a terceira melhor no ranking Ideb 2013/2014, divulgado na sexta-feira (5) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Apenas Goiás, com 3,8; e São Paulo e Rio Grande do Sul, com 3,7; ficaram à frente do Rio. No Ideb de 2009/2010, o Rio era o 26º colocado. Assim como em 2011, subiu novamente 11 posições na classificação, saindo de 15º há dois anos para a 3ª posição. 
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, os colégios estaduais superaram a meta estabelecida pelo Ministério da Educação. As escolas fluminenses tiveram nota 3,66 (a meta para 2015 era 3,7 e a meta para 2013 era de 3,3). Em 2011, a nota do Rio foi 3,2; e nos anos de 2009, 2007 e 2005, era 2,8.
A rede estadual cresceu também no índice de desempenho, que é a nota da Prova. Saltou de 4,37 para 4,46. “Saímos do 26º para essa posição. Comemoramos também a queda do índice de abandono escolar que caiu de 16,5% em 2009/2010 para 7,3%".  2009 para cá, o Rio de Janeiro foi o que mais avançou em proficiência e o quatro que mais cresceu em fluxo”, disse Risolia.
De 2011 para 2013, o estado do Rio teve a segunda maior variação no Ideb, de 13%. E de 2009 para 2013, a maior evolução entre os 27 entes federados, crescendo 29%.
A diminuição da defasagem idade-série, que é quando o aluno está há mais de dois anos atrasado em relação à série em que deveria estar, também melhorou. Em 2010, 61% dos estudantes da rede estavam defasados. Atualmente, segundo o Censo Escolar, esse número caiu para 39%.
Na avaliação da secretaria estadual, os resultados refletem ainda sucesso da pasta em sua estratégia para equalizar a falta de professores na rede. No fim de 2010, a carência era de aproximadamente 12 mil docentes. Agora, segundo a pasta, faltam cerca de 700. “Foram feitos, de 2007 para cá, nove concursos públicos. São 54 mil novos professores concursados. E praticamente não usamos temporários. Somos a menor rede estadual com temporários, apenas 1,8%. Há estados em que há mais da metade da rede com temporários”, explicou Risolia.

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