domingo, 14 de setembro de 2014

'Não vou agredir uma mulher', diz Marina sobre Dilma


'Fique tranquila, presidente', disse, em declaração dirigida a Dilma Rousseff.
Candidata do PSB participou de comício em Ceilândia, no Distrito Federal.

Lucas SalomãoDo G1, em Brasília
Marina Silva faz 'coração' para eleitores em Ceilândia (Foto: Lucas Salomão/G1)Marina Silva faz 'coração' para eleitores em Ceilândia, no DF (Foto: Lucas Salomão/G1)
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse neste domingo (14) que não vai "agredir uma mulher" durante a campanha eleitoral. A declaração foi dada em um comício do partido em Ceilândia, região administrativa a 26 quilômetros de Brasília, no Distrito Federal. Marina esteve acompanhada do candidato a vice na chapa, Beto Albuquerque, e dos candidatos ao governo do DF, Rodrigo Rollemberg, e ao Senado, Antônio Reguffe.
Durante discurso a militantes do PSB, Marina Silva se referiu às críticas que diz sofrer da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. Ao citar o nome de Dilma, Marina disse que ela pode ficar "tranquila" porque não irá "mentir a seu respeito".
"Fique tranquila, presidente [Dilma]. A senhora não vai receber de mim o que a senhora está fazendo comigo. Eu não vou agredir uma mulher, não vou mentir a seu respeito. Eu vou lhe tratar com todo o respeito, mas isso não significa que vou deixar de dizer as verdades", afirmou a ex-senadora.
Logo em seguida, Marina Silva voltou a criticar o fato de que foi a única entre os três principais candidatos a lançar um programa de governo. Segundo ela, Dilma e Aécio Neves querem ganhar as eleições "com um cheque em branco".
"A verdade é que nós temos um plano de governo [...] Nós temos um programa e, infelizmente, nem ela nem o Aécio têm. Querem ganhar a Presidência com um cheque em branco. Não assinem cheque em branco", pediu Marina aos eleitores presentes no evento.
Marina também disse que "eles [os adversários] sabem que estão mentindo" quando dizem que, caso ela seja eleita, acabará com programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Segundo ela, por ser de origem pobre e entender a realidade da população, os programas serão "mantidos e ampliados".
Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo do DF, Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente pelo PSB, e Marina Silva (Foto: Lucas Salomão/G1)Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo do DF, Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente pelo PSB, e Marina Silva (Foto: Lucas Salomão/G1)
Neste sábado (13), ao lembrar da morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que completava um mês, a candidata do PSB havia pedido "um dia de trégua" na campanha.
No mesmo dia, Dilma Rousseff declarou que nesta eleição "tem gente com muito ódio". Marina também afirmou que o presidente da República está sujeito a críticas e que sofre pressão "24 horas por dia". Para Dilma, quem ocupa o cargo "tem de aguentar a barra".
'Mensanet'
A candidata do PSB pediu aos eleitores que acompanhavam o comício que dedicassem algumas horas do dia para "esclarecer a verdade" nas redes sociais. Marina Silva afirmou que há um grupo, que ela chamou de "mensanet" que está "difamando" pessoas honestas na internet.
"Nós vamos fazer uma campanha limpa [...] Entrem nas redes sociais, nos ajudem a esclarecer a verdade. Não deixem que este grupo de 'mensanet' que está aí difamando pessoas honestas continuem fazendo o que estão fazendo", pediu Marina.
Política econômica
A ex-senadora voltou a dizer que a meta de inflação do seu eventual governo é de 4,5% e que a taxa não será atingida "de uma só vez só" e nem "no chutômetro".
"Qualquer opinião fora disso é isolada de uma pessoa. [...] É isso que é o nosso compromisso. Isso não vai ser feito de uma vez só e não é feito no chutômetro", afirmou.
Marina Silva também criticou a política econômica do atual governo. Para ela, o anúncio feito pela presidente Dilma de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não permanecerá à frente da pasta num eventual segundo mandato foi feito de forma atrasada.
"A Dilma disse que está resolvendo isso [administrando os preços para controlar a inflação] e até já se comprometeu a demitir seu atual ministro da Fazenda. Só que obviamente agora é tarde, porque ambos serão demitidos pelo povo brasileiro", completou a candidata.

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