quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Auditora fiscal presa recebendo propina: Macaé


AuditoraA auditora fiscal do Ministério do Trabalho,  Marcia Cristina Bessa de Souza, 51 anos, foi presa em flagrante nesta terça-feira (16) dentro da delegacia regional no bairro Imbetiba, em Macaé, no momento em que recebia R$ 9 mil de propina de um empresário, dono de um restaurante. Segundo a polícia, a auditora exigiu propina para não autuar o estabelecimento e o empresário por problemas trabalhistas.
A denuncia foi feita pelo empresário à Polícia Federal.  A partir daí, foi combinado um  encontro com a auditora para a entrega do dinheiro. Agentes da PF ficaram à paisana, dentro da delegacia do Ministério do Trabalho, até o recebimento da quantia. Foram entregues R$ 3 mil em espécie e outros dois cheques no valor de R$ 3 mil cada um. Após a voz de prisão ela foi encaminhada para a delegacia da Polícia Federal de Macaé. O delegado federal Julio Ribeiro informou que teve uma grande surpresa ao ver a folha de pagamento da auditora fiscal, que chega a R$ 20 mil por mês, quase R$ 17 mil líquido.
“As pessoas que foram extorquidas estão sendo chamadas para depor. São quatro denúncias contra a auditora fiscal do trabalho. Ela possui 20 anos de função. No momento em que o empresário deu o dinheiro ela foi presa”, explicou o delegado.
O delegado chefe substituto Luiz Gustavo de Souza disse que ela foi autuada em flagrante e responderá por corrupção passiva. Como colaborou com a investigação, o empresário, que não será identificado, não responderá ao processo. 
“Além da quantia de R$ 9 mil, foram encontrados com ela outros cheques que serão investigados. É possível que outras pessoas estejam envolvidas, mas as investigações vão apontar se houve outros envolvidos ou não”, explicou Luiz Gustavo.
O delegado disse ainda que não foi arbitrada fiança pela Polícia Federal e que ela será transferida para o presídio feminino em Campos, no Norte Fluminense. Ela foi enquadrada no art. 317 e, se condenada, pode pegar até 12 anos de prisão.
O chefe do Setor de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho, Augusto Pinto,  disse “que Marcia Cristina já estava sendo investigada administrativamente pois sua conduta não condizia com as normas impostas pela chefia. Além de já ter sido denunciada por tentativa de suborno, mas ainda não tínhamos conseguido provas”.

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