quinta-feira, 17 de julho de 2014

Tribunal do Juri condena acusados da morte do jovem Victor Hugo


Viúva da vítima foi condenada a 18 anos e mandante e executor a 14 anos
 Carlos Grevi/Arquivo

Viúva da vítima foi condenada a 18 anos e mandante e executor a 14 anos

Os acusados do assassinato de Victor Hugo Paravidino Toledo, 20 anos, ocorrido em 05 de novembro de 2011, foram condenados pelo Tribunal do Juri, após julgamento ocorrido nesta quarta-feira (16/07), no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos.
Os réus são Alessandra Rodrigues da Silva, 29 anos, viúva da vítima, condenada a 18 anos de reclusão, Luiz Fernando dos Santos Rodrigues, 21 anos, autor dos disparos, condenado a 14 anos, assim como Paulo Fernando Rodrigues Nunes, de 31 anos, que teria sido o mandante. Os três foram acusados de homicídio triplamente qualificado, ou seja, por motivo fútil, recurso que resultou em perigo comum e meio que dificultou a defesa da vítima, conforme artigo 121 do Código Processual Penal, nos termos dos incisos II, III, IV. A pena deverá ser cumprida em regime fechado e sem direito de recorrer em liberdade.
O julgamento foi presidido pela juíza Anna Carolinne Licasalio da Costa e contou com sete jurados populares. Além dos três acusados, também depuseram logo no início da sessão as testemunhas de defesa e acusação. Em seguida, foi a vez de Alessandra, que negou qualquer tipo de participação no crime.
Na sequência depuseram Paulo Fernando, apontado na época do crime como amante de Alessandra. Ele assumiu ser o mandante do homicídio e contou que no dia do crime esteve em um bar, no Parque Aldeia, onde se encontrou com Luiz Fernando, a quem já conhecia de jogos de futebol. Paulo disse ainda que começaram a beber e, logo contou que vinha sendo ameaçado pela vítima, Victor Hugo, porque tinha ficado tempos atrás com Alessandra.
"Contei a situação ao Luiz e ele me perguntou se eu queria resolver o assunto. Respondi que sim, e depois fomos à minha casa pegar uma arma que estava guardada (que seria do primo falecido). Não quero pedir absolvição, mas quero uma condenação justa, já que fiz tudo isso por estar sendo ameaçado", disse o réu, que negou que tivesse um relacionamento com Alessandra, dizendo ter ficado com ela apenas uma vez.
Paulo disse também ter chegado ao local juntamente com a vítima e que o amigo desceu e efetuou os tiros, enquanto ele ficou aguardando no carro.
Luiz Fernando depôs logo após Paulo e confirmou a versão já apresentada, porém houve contradição quanto à chegada ao local do crime. Luiz contou que ele e Paulo chegaram antes da vítima. Disse também que ele desceu do carro e efetuou cinco tiros contra Victor Hugo, que por sua vez estava fora do carro.
No Fórum também estavam presentes familiares do Victor Hugo, que esperavam por justiça. Segundo a mãe da vítima, Verônica Faria Paravidino Toledo, de 45 anos, a ex-mulher do filho sempre foi uma pessoa fria.
"A Alessandra sempre provocou o meu filho, o fazendo sentir ciúmes. Se ela tivesse evitado estas situações, meu filho ainda estaria vivo. No dia do sepultamento dele, ela ficou distante e nem parecia que tinha perdido o marido", disse a mãe que ansiosa esperava o resultado da audiência.
Na leitura da sentença a juíza revelou que Alessandra teria orquestrado o crime em uma emboscada para o próprio marido com quem conviveu por cinco anos. Pesaram ainda o tempo de convivência dela e da vítima, que segundo depoimento de parentes declarava amor pela esposa durante os últimos dias de vida, além do fato de Victor ter atendido prontamente ao pedido da esposa em ir buscá-la no trabalho, demonstrando confiança na mesma.
RELEMBRE O CRIME
Vitor Hugo Paravidino Toledo, de 20 anos, foi executado a tiros numa tarde de sábado no cruzamento da Avenida Princesa Isabel com José Alves de Azevedo (Beira-Valão), no Parque Rosário, em Campos.
Segundo relatos de familiares, o jovem saiu de casa para ir buscar a esposa Alessandra, que era nutricionista, e trabalhava no mesmo bairro. Ao chegar no portão, Victor Hugo foi assassinado com cinco tiros.
Os suspeitos: Luiz Fernando e Paulo Fernando foram detidos pela polícia minutos após o crime. Eles estavam em uma Parati, e foram detidos na Avenida Alberto Torres, esquina com Avenida Espírito Santo, no Parque Leopoldina. Com eles os militares encontraram um revólver Taurus, calibre 38, com cinco munições deflagradas.
A participação de Alessandra no crime foi apontada após quebra de sigilo telefônico. A polícia ainda apontou o irmão de Paulo Fernando, Gilliardi Rodrigues Nunes, como a pessoa que teria atuado como intermediário do encontro entre mandante e executor.
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Fonte: URURAU

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