segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mulher inventa estupro para enganar família e companheira, em Campos


Jovem irá responder por crime de falsa comunicação e poderá pegar até dois anos de prisão
 Thiago Macedo/Marcelo Esqueff

Jovem irá responder por crime de falsa comunicação e poderá pegar até dois anos de prisão

O caso que chamou a atenção da população campista teve o inquérito encerrado. A jovem N.L.O., 25 anos, que a princípio teria sido vítima de estupro, crime este ocorrido no sábado retrasado (12/07), quando ela foi encontrada em uma casa abandonada na Estrada dos Ceramistas com asmãos amarradas, contou em seu depoimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que teria inventado toda a história para enganar a família e a companheira. A jovem agora irá responder por falsa comunicação de crime, e poderá pegar até dois anos de prisão.
De acordo com a delegada titular da Deam, Ana Paula Carvalho, no dia em que forjou o crime, N. teria passado o dia inteiro bebendo e usando drogas com amigos. Em um determinado horário, ela teria saído do bar em que estava na companhia de um colega de trabalho para um motel. No local, segundo a delegada, mais bebidas e entorpecentes foram consumidos. Ana Paula também comentou que ao ser indagado o colega da jovem disse que os dois teriam mantido relações sexuais, o que foi negado por N.
“Ela tem um relacionamento com uma mulher e teria inventado tudo isso, pois saberia que iria ter problemas com a mãe e também com a namorada, se chegasse à casa naquele horário. A noite foi passando e o dia amanhecendo, e sem ter como voltar pra sua residência, ela chamou um táxi, por volta das 9h50, e ao entrar, falou para o motorista que era para deixá-la na Estrada dos Ceramistas, amarrá-la e depois ligar para sua mãe informando o local em que estava”, relatou Ana Paula.
A delegada ainda mencionou que o colega de trabalho confirmou que esteve no motel com a jovem, mas que teria saído antes dela deixando pago mais três horas para N. descansar antes de ir para casa. “Nós conseguimos levantar toda a farsa, pois checamos no registro do motel a ligação feita por ela para um serviço de táxi. Através disso, conseguimos localizar a empresa e o taxista que nos contou toda a história”, comentou Ana Paula informando que a jovem já tem passagem pelo sistema prisional por tráfico de drogas.
ENTENDA O CASO
A Deam havia instaurado o inquérito para investigar um suposto caso de estupro de vulnerável da jovem N. Ela foi encontrada por volta das 6h dopada e com os pés amarrados em uma casa abandonada, na Estrada dos Ceramistas.
De acordo com o delegado Diego Salarini, adjunto da 134ª Delegacia Legal (DL/Centro) e responsável pelo plantão de fim de semana, o inquérito foi instaurado para investigar o que poderia ter acontecido com a jovem, já que segundo depoimento dela na delegacia, disse não se lembrar de nada.
"Ela se contradizia a todo o momento. Uma hora falava que tinha sido estuprada, outra hora que tinha sido dopada e levada para um motel por dois homens. Os argumentos são muito fracos e nem ela mesma sabe ao certo o que de fato aconteceu", informou o delegado na oportunidade.
INTERNAÇÃO NO HFM E EXAME NO IML
De acordo com a Polícia Militar (PM), a jovem, que trabalha em um restaurante, teria sido deixada por um amigo, por volta das 23h de sexta-feira (11/07), em um posto de combustíveis, na Avenida 28 de Março, no Centro, e depois não mais foi vista.
Pela manhã, pessoas que moram próximo ao local onde a suposta vítima de abuso foi localizada, ouviram gritos e ao chegarem a casa, encontraram a jovem com os pés amarrados com o cadarço do próprio tênis.
N.L.O. foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde ficou internada. Ela estava muito confusa e relatava aos policiais que os autores da ação seriam dois homens que estava em um táxi. Segundo os familiares, nenhum pertence da jovem foi levado. Ela estava com a bolsa com todos os documentos, celular e a carteira com dinheiro.
Na Deam, dois colegas de trabalho da jovem que foram encaminhados pela Polícia para prestar esclarecimentos disseram que ela estaria em um bar, no Parque Alzira Vargas, bebendo com eles, quando teria saído, por volta das 4h, não sendo mais vista. "Eu só soube o que tinha acontecido pela mãe, que me ligou perguntando por ela. Eu estava no serviço e não sabia do paradeiro", contou um dos colegas.
Da delegacia a jovem foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML/Campos), onde passou por exame de conjunção carnal a fim de saber se foi vítima de estupro.
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Fonte: URURAU

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