sexta-feira, 18 de julho de 2014

Animais soltos provocam constantes acidentes pelas ruas de Campos


Segundo a BPRv, os proprietários só aparecem quando os animais são recolhidos
 Mauro de Souza/Carlos Grevi

Segundo a BPRv, os proprietários só aparecem quando os animais são recolhidos

Animais soltos na pista tem sido um problema constante encontrado por motoristas de Campos. A situação é agravada principalmente nas áreas rurais ou de matagal. Além dos inúmeros sustos e colisões ocasionados, a Polícia Rodoviária Estadual (BPRv), em Campos, afirma que em casos de acidentes, os donos desses animais nunca são encontrados, pois não querem ter problema com a justiça.
Ainda segundo a BPRv, os proprietários só aparecem quando os animais são recolhidos.
“Quando tem animal solto na pista, a gente chama o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para fazer o recolhimento dos mesmos. Mas infelizmente, em algumas áreas, principalmente no caso dos distritos de Santa Maria e Santo Eduardo, que são regiões com um número grande de sítios e fazendas, não é possível ter controle sobre esses animais”, avalia a polícia.
O publicitário Carlos Magno Santos contou como foi a experiência que quase acabou em tragédia na noite de terça-feira (15/07). Segundo 'Maguinho', como é conhecido, ele vinha com seu carro pela Rua Doutor Gastão Viana Sampaio, prolongamento da Tenente Coronel Cardoso (antiga Formosa), quando, por volta das 22h, um cavalo teria saído de um matagal e atravessado a via passando na frente do veículo.
“Eu levei um susto, mas como já tenho experiência ao volante e sei que naquele trecho a incidência de animais é constante, eu pensei rápido e acelerei o carro jogando a direção para o lado. Por sorte o animal, que ainda chegou a bater o rabo na traseira do veículo, não colidiu com o automóvel, o que se caso acontecesse, seria fatal”, contou.
RECOLHIMENTO DE ANIMAIS
O diretor do CCZ, César Salles, afirma que o Setor de Recolhimento de Médios e Grandes Animais (Curral) chega a recolher 40 animais por semana em todo o município. O animal recebe vacina contra raiva e tétano e é microchipado. Além disso, faz exame de anemia infecciosa equina (AIE).
Ainda segundo ele, o órgão trabalha sob denúncia através dos telefones (22) 2732-6358 ou 0800 2828 822. O serviço funciona das 8h à 0h. “A pessoa liga para gente e mandamos nosso caminhão ao local para fazer a apreensão. Os animais são apanhamos em toda parte da cidade, em vias públicas, que é o que nos compete, mas também auxiliamos os agentes estaduais e federais nas estradas e rodovias, até o limite com o município de Campos”, explicou.
De acordo com César, o animal apanhado fica sob custódia do município por cinco dias úteis para resgate. Quando o proprietário não aparece, o animal vai para uma propriedade rural do órgão em Itereré chamado CCZ Rural e passa a pertencer a cidade. No local, ele é vacinado e também passa por exames para ver se não possui nenhum tipo de zoonoses. Em seguida, o animal vai a leilão.
“Ao ser resgatado, o dono do animal tem que apresentar documentos pessoais e alguma coisa que comprove a propriedade do animal. Ele também paga uma multa de apreensão que varia de R$ 22 a R$ 100, dependendo do animal, e diária de R$ 20. O animal também é microchipado, sendo assim, é possível verificar se ele é reincidente ou não. Caso seja, o dono perderá de vez a posse do mesmo”, finalizou Salles.
Publicidade


Fonte: URURAU

Nenhum comentário:

Postar um comentário