quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SEGUNDA PARTE DO JULGAMENTO DO CASO CÍCERO CUEDES SERÁ NESTA QUINTA-FEIRA


Expectativa é de o mandante do crime e os quatro executores vão a juri popular
 Mauro de Souza / Carlos Grevi / Divulgação

Expectativa é de o mandante do crime e os quatro executores vão a juri popular

Nesta quinta-feira (29/08), ocorrerá a segunda parte da audiência em que serão ouvidos testemunhas e réus acusados pela morte do militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Cícero Guedes dos Santos, que foi encontrado morto no dia 26 de janeiro de 2013.
A previsão é de que seja ouvido como testemunha de acusação o ex-delegado da 134ª Delegacia de Polícia, Geraldo Assed, responsável pelo inquérito. Além dele, devem ser ouvidas as testemunhas de defesa e os quatro réus no processo:José Renato Gomes de Abreu, acusado de ser o mandante, R. M. B., A. M. A. e M. R. S., suspeitos de serem os executores. As outras testemunhas de acusação foram ouvidas na primeira parte da audiência, realizada no dia 23 de julho.
A expectativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é de que os réus sejam pronunciados e o julgamento prossiga em júri popular. Além disso, espera-se que seja pedida a prisão preventiva dos réus que ainda respondem em liberdade. O MST entende que somente desta forma a investigação poderá transcorrer de forma justa.
O MST ressalta também a importância deste julgamento diante do grave contexto de violência no campo que assistido em todo o país, especialmente na cidade de Campos, onde além de Cícero, a militante Regina Pinho do Santos também foi assassinada neste ano.
Em relação à situação no acampamento Luis Maranhão, que era coordenado por Cícero, também são aguardados posicionamentos positivos por parte da Justiça. Desde 1998 foi publicado um decreto que declara o conjunto de fazendas de interesse social para fins de reforma agrária. No entanto, as famílias que estão acampadas no local ainda sofrem com a incerteza de sua permanência na área, pois ainda perdura na Justiça uma ação de reintegração de posse em favor da empresa Caldas S.A., que arrendou o local. A manutenção dos imóveis da Usina Cambahyba também é fundamental para que se investigue as denúncias de que o local teria sido usado para incinerar corpos de presos políticos assassinados durante a ditadura civil-militar do Brasil.
A expectiva é que o Poder Judiciário rompa com a ausência de efetivação da justiça que historicamente vem sendo observado na luta pela terra. Um bom sinal, neste sentido, foi a prisão preventiva decretada dos réus confessos da chacina de Felisburgo, nove anos após os assassinato de cinco Sem-Terras em Minas Gerais.


Fonte: REDAÇÃO / ASCOM

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