Reprodução/Vagner Basilio
Município possui mais de 500 pontos de venda que estão na informalidade
A venda irregular de botijão de gás na cidade de Campos foi o tema de uma reunião ocorrida na tarde desta quinta-feira (08/08) na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Delegados, bombeiros, advogados, autoridades públicas, entre outros representantes, discutiram a situação dos depósitos situados no município, principalmente os mais de 500 pontos de vendas que se encontram na clandestinidade para essa prática e que precisam ser vistoriados e legalizados o mais breve possível.
Durante o encontro foi decidido que os órgãos responsáveis irão começar, a princípio, operando, ou seja, fiscalizando os depósitos que já se encontram legalizados, para posteriormente atuar nos locais clandestinos. Uma reunião de trabalho também foi agendada para o dia 21 de agosto, às 14h, na sede do 5° Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) para acertar os pontos estratégicos dessa operação, que de acordo com o comandante do 4º Comando de Bombeiros de Área (CBA) Norte e Noroeste Fluminense, coronel Douglas Paulich Júnior, será efetuada de forma integrada com os outros órgãos.
“É importante que a Polícia Militar, a prefeitura, a Agência Nacional do Petróleo (ANP), delegados, entre outros responsáveis estejam presentes nesse encontro, de modo a erradicar esse tipo de trabalho ilegal na cidade, pois esse tipo de comercialização [clandestina] é muito perigosa, tendo em vista que o butano é mais pesado que o ar, e dessa forma, se o gás não estiver em um local apropriado, pode haver uma explosão. Nós iremos fazer isso de uma forma que a comunidade seja menos impactada o possível”, contou o bombeiro informando que em Campos estima-se que 76 depósitos estejam legalizados.
Outro ponto que foi discorrido durante a reunião na CDL, que foi promovida pela secretaria de Paz e Defesa Social, é que só repressão não basta. É preciso que haja um trabalho social e de conscientização, levantamentos desses locais clandestinos, além de legalizar os locais que se encontram na informalidade.
“Temos que trabalhar muito a conscientização das pessoas e fazer com que elas enxerguem que é preciso prevenir que acidentes como o ocorrido em Santa Maria não venha a acontecer. A população está crescendo e devemos criar uma mentalidade de prevenção”, ressaltou o secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada, coronel Alcemir Pascouto.
Para o vice-presidente sindical do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP do Estado do Rio de Janeiro (Sirgaserj), Carlos Alberto Batista, a reunião foi muito boa e proveitosa. “Nós conversamos com os órgãos e iremos discutir a melhor forma de estar fiscalizando os locais de venda de gás. Eu acredito que tirando a venda dos pontos clandestinos, não haverá abastecimento incorreto para a população”, comentou.
A partir do dia dois de setembro a legalização dos depósitos de gás liquefeito de petróleo (GLP) até a classe 4 (aproximadamente 1.080 botijões) vai deixar de ser no Rio e começar a ser nos quartéis, no caso da região Norte em Campos (5° GBM) e Noroeste, o município de Itaperuna (21° GBM).
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