quinta-feira, 25 de julho de 2013

SINDIPETRO: TRABALHADORES RECLAMAM DAS CONDIÇÕES DO TRANSPORTE AÉREO


Nessa terça-feira vinte e dois passageiros e tripulantes passaram por um sufoco
 Carlos Grevi / Ururau Arquivo

Nessa terça-feira vinte e dois passageiros e tripulantes passaram por um sufoco

Por ano mais de um milhão de petroleiros e trabalhadores terceirizados que prestam serviço a Petrobras embarcam e desembarcam do Heliporto de Farol de São Thomé e do Aeroporto de Campos. Na manhã dessa terça-feira (23/07) vinte e dois passageiros passaram por um sufoco quando o helicóptero em que estavam apresentou falha no sistema.
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), José Maria Rangel, o transporte aéreo dos trabalhadores é “uma área sensível”.
“A Petrobras hoje contrata empresas que fazem esse transporte, mas apesar de nova a frota esta muito enxuta o que a nosso ver a grande quantidade de voos atrapalharia uma revisão mais rigorosa das aeronaves”, disse.
De acordo com dados do Sindipetro-NF só no mês de abril deste ano, última estatística apurada, 933 voos decolaram ou pousaram do Heliporto de Farol de São Thomé. Deste 19.311 passageiros embarcaram e desembarcaram de plataformas da Bacia de Campos. O serviço também é realizado no Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos, no mesmo mês, foram registrados 472 voos com embarque e desembarque de 7.960 trabalhadores.
“Outro fator que também é negativo é que no aeroporto de Campos não tem uma estrutura adequada para esta demanda, tanto que os trabalhadores utilizam o hangar de uma empresa de táxi aéreo que presta serviço a Petrobras para aguardar os voos”, comentou.
Na manhã de terça-feira o Corpo de Bombeiros Militar de Campos foi acionado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) para acompanhar o pouso de emergência de uma aeronave, mas nenhum dos passageiros precisou de atendimento médico e nem de socorro. O helicóptero saiu por volta das 10h de Macaé e seguia com 22 pessoas a bordo para a plataforma P-40 na Bacia de Campos.
Segundo o caldeireiro Whitney Salve, que estava na aeronave o problema começou meia hora depois da decolagem. “Estávamos sobrevoando o mar e a aeronave começou a apresentar problemas. Eu preferi acreditar que nada estava acontecendo para não entrar em pânico”, explicou.
Outros tripulantes comentaram com as equipes de reportagem que um aparelho que mede a proximidade de outras aeronaves também parou de funcionar e que o piloto teve que desligar e reiniciar o sistema, até que, por medida de segurança, o helicóptero pousou no aeroporto de Campos.
“Como graças a Deus não houve vítimas nós apenas acompanhamos a situação. Mas como sempre recebemos denúncias de trabalhadores reclamando do transporte aéreo, nós enquanto sindicato, interferimos junto a empresa por melhorias”, finalizou.
RESPOSTA EMPRESA
“A Líder Aviação esclarece que um helicóptero S-92, que decolou na manhã do dia 23 da base de Macaé, realizou um procedimento padrão de segurança ao retornar para a base de Campos a fim de averiguar a sinalização de segurança acesa no painel da aeronave. A empresa reforça que este é um procedimento padrão e que a aeronave realizou a operação normalmente, conforme especificado no manual do equipamento e todos os passageiros foram informados sobre os procedimentos adotados”, disse assessoria de imprensa.
 


Fonte: URURAU

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