Carlos Grevi / Reprodução
Esposa e outros dois acusados ainda vão a julgamento
Foi absolvido na manhã desta quarta-feira (17/07) um dos quatro réus acusados do assassinato do universitário Victor Hugo Paravidino, morto em novembro de 2011, na porta do trabalho da esposa. Giliard Rodrigues Nunes estava na Cadeia Pública de Campos aguardando julgamento.
Segundo a mãe da vítima, Verônica Faria Paravidino, a família já esperava que Giliard fosse inocentado.
“Ele foi absolvido porque não existia provas contra. Ele foi o último a ser preso mediante um telefonema, mas tudo o que dizia em depoimento era compatível com as demais informações. Uma pessoa inocente não deve pagar pelo que não fez”, disse.
Ainda faltam ir a júri Luiz Fernando dos Santos Rodrigues, Paulo Fernando Rodrigues Nunes e a esposa da vítima Alessandra Rodrigues da Silva. A data para o julgamento dos réus ainda não foi definida pela Justiça, enquanto isso eles aguardam julgamento na Cadeia Pública e no Presídio Feminino de Campos.
“Os outros três já confessaram o crime em uma audiência realizada no mês de fevereiro de 2012. Com relação a eles nós queremos que a justiça seja feita”, comentou a mãe de Victor acrescentando. “Nós já desconfiávamos da participação da Alessandra já que ela não ajudou a socorrer meu filho. No dia ela também falou o endereço errado para o meu marido e no dia do velório não chegou nem perto do caixão”, completou.
Luiz Fernando e Paulo Fernando foram presos no mesmo dia do crime. Já Alessandra foi detida 29 dias depois. “Meu filho foi assassinado há um ano oito meses, mas todos os dias penso nele. Penso em tudo que ele gostava. A dor que fica é muito grande”, finalizou Verônica.
O CRIMEVictor Hugo foi executado a tiros em frente ao trabalho de sua esposa na Avenida José Alves de Azevedo, próximo à Avenida Princesa Isabel, no Parque Rosário, no dia cinco de novembro de 2011.
Segundo parentes da vítima, no dia do crime, por volta das 18h, Alessandra ligou para o marido dizendo que já estava pronta para sair do serviço e que era para ele apanhá-la. Chegando ao local, Alessandra não se encontrava no portão, como era de costume, com isso Victor Hugo teve que aguardá-la na rua, próximo a seu carro. Nesse momento ele foi alvejado com cinco tiros à queima roupa.
De acordo com a polícia o autor dos disparos foi Luiz Fernando que estava acompanhado de Paulo Fernando. Os dois cometeram o crime e fugiram numa Parati, sem se dar conta de eram seguidos por uma testemunha que ao final da Avenida 28 de março avistou uma viatura da Polícia Militar e relatou o fato passando a descrição dos dois.
Os suspeitos foram detidos próximo ao cruzamento com a Avenida Espírito Santo, no Parque Leopoldina. Com eles os policiais encontraram um revólver calibre 38 com cinco munições deflagradas.
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